05 outubro 2010

"Em que medida a subida dos impostos em Portugal pode ajudar a combater a crise financeira que o país atravessa?"

Nos últimos 15 anos, 13 foram de Governação Socialista. O carácter despesista, gastador e esbanjador do PS foi uma constante, com especial ênfase no último Governo, a que este se segue. Uma lógica puramente eleitoralista levou à omissão da realidade do País, ao exacerbar do endividamento público e ao engordar do Estado.
Manuela Ferreira Leite disse-o, e disse-o há muito tempo. O PSD veio dizendo a verdade aos portugueses. Mas… não bastou alertar e estar certo… Por isso, cá vamos pagar mais uma vez a factura. Sobretudo trabalhadores por conta de outrém e pensionistas, uma vez que os seus vencimentos já são recebidos líquidos de impostos (não há como fugir!). E em cima disso vem o IVA. De todos os aumentos fiscais anunciados, o que menos concordo é com o aumento da taxa reduzida do IVA de 5% para 6%. Bens de primeira necessidade, sinceramente não compreendo e considero demasiado injusto.
O problema das nossas contas públicas é estrutural, mas nesta fase, com toda a pressão internacional sobre nós, não há margem para erro e são necessários efeitos imediatos, na despesa e na receita do Estado. Temo porém, que este esforço fiscal acrescido se possa traduzir em diminuição da receita… com aumento da fraude e evasão. Para estas medidas serem de facto eficazes e eficientes, carecem de uma fiscalização apertada do Ministério das Finanças na cobrança e monotorização da actividade económica.
A postura do PSD, com forte sentido de Estado, colocando o País à frente de qualquer lógica eleitoralista, vem demonstrar o enorme potencial e qualidade de Pedro Passos Coelho e da sua equipa. Vivemos tempos difíceis… e é nestas alturas que os portugueses têm que se unir e ultrapassar os desafios. Depois… mas só depois… vamos a contas com os responsáveis.

Hugo Cruz
Deputado Municipal PSD
in Tribuna da Assembleia - Jornal do Barreiro - 15/05/2010

Sem comentários:

Enviar um comentário