19 dezembro 2009

Absolut no Barreiro... nem a Vodka se faz favor!

A maioria absoluta da CDU na Assembleia Municipal do Barreiro começa já a demonstrar claros sinais de... absolutismo e de fundamentalismo ideológico bacoco e retrógrado. No dia 26 de Novembro, ao contrário do que advoga e brada a nível Nacional, deliberou a manutenção no máximo do Imposto Municipal sobre os Imóveis, da Derrama e da Participação Variável no IRS, alegando uma exclusiva lógica de necessidade de receita e as sérias dificuldades financeiras do município.
De quem será a culpa? Quem tem dirigido o município há mais de 30 anos? Não obstante as propostas de redução responsável de taxas propostas pelo PSD, atendendo às dificuldades da CMB, que permitiriam inclusivé uma pequena subida de receita, porém aliviando os encargos fiscais dos barreirenses, numa situação económico-social tão difícil como a que vivemos, a maioria CDU mostrou-se absoluta, aliás, absolutamente insensível, taxando tudo ao máximo. "Faz o que eu digo não faças o que eu faço", parece ser o mote para esta força política, camuflada de "verdes".
No passado dia 17 decorreu a Assembleia Municipal Ordinária (cujo seguimento será na próxima terça-feira, dia 22/12 às 21h no Auditório da Biblioteca Municipal) onde a propósito de uma suposta moção sobre insegurança no Concelho do Barreiro (assunto extremamente importante para todos os barreirenses), misturava temáticas tais como missões de Paz da ONU e intervenções da NATO para criticar a falta de meios humanos policiais e o aumento da criminalidade...
Facto curioso, ainda bem recentmente o tema da insegurança era menorado por essa força política no Barreiro, refugiando-se em estatísticas. Novamente absoluta, a maioria CDU não quis chegar a consenso sobre uma moção final, que não misturasse assuntos tão distintos. Esta tema é defendido há muito pelo PSD no Barreiro, tendo este ano inclusivé motivado uma reunião com a então Governadora Civil do Distrito.
A propósito de uma moção que visava saudar os 20 anos da queda do Muro de Berlim, proposta pelo Grupo Municpal do PSD, e que obteve votos favoráveis de toda a oposição (PSD, PS e BE), a maioria CDU votou, envergonhadamente, não a criticando, nem a discutindo, contra (a moção e) a deliberação pretendida, que passo a transcrever: "1) Saudar o 20º Aniversário da Queda do Muro de Berlim, enquanto acto que simboliza a reunificação do povo alemão, o fim da Guerra Fria e do receio de uma Terceira Guerra Mundial, a liberdade, a democracia e a esperança num Futuro melhor. " Se isto não é fundamentalismo ideológico bacoco e retrógrado, não sei o que o será. Absolut no Barreiro... nem a Vodka se faz favor!

07 dezembro 2009

"Qual a importância dos impostos locais, no sentido de tornar os concelhos mais atractivos?"

Os impostos locais não são por si só um factor exclusivo para tornar os concelhos mais atractivos. São contudo um instrumento muito importante, desde que integrado numa estratégia global com esse fim, que não existe no Barreiro. Urge definir uma estratégia de fixação de empresas, de modo a fomentar o emprego e o desenvolvimento económico sustentado.

É também decisivo reflectir sobre a contínua diminuição populacional do Barreiro, situação ímpar na área metropolitana de Lisboa, e com um PDM moribundo que prevê uma população de 210.000 habitantes.

Os impostos locais têm um significado político e económico que vai muito além do carácter economicista que lhes foi atribuído pela CDU nas propostas que a sua maioria absoluta fez aprovar, numa lógica de preocupação exclusiva de necessidade de receita para o município.

O executivo CDU optou por taxar o máximo que lhe era possível no Imposto Municipal sobre os Imóveis, DERRAMA e Fixação da Participação Variável no IRS, o que é uma contradição chocante se atendermos à propaganda que advoga a nível nacional e num cenário de crise económico-social que tanto tem afectado as empresas e as pessoas, à qual o Barreiro não escapou.

A CDU não quis aliviar a carga fiscal dos barreirenses, como o PSD propôs de forma responsável e sem diminuir significativamente a receita do municío, mas com claros benefícios para as pessoas e empresas.

Hugo Cruz
Deputado Municipal PSD
in Jornal do Barreiro - Tribuna da Assembleia - 04/12/2009

23 novembro 2009

"Como avalia a proposta de legalização do casamento de pessoas do mesmo sexo em discussão na AR?"

Primeiramente, devo dizer que considero existirem temáticas mais urgentes no momento actual que o País atravessa, pelo que esta discussão aparenta mais ser um foco de desvio de atenção do Partido Socialista face a problemas tais como o desemprego que atinge níveis gritantes, a sobrevivência das empresas, a crise e quem sabe outras questões do foro judicial, que têm levantado uma suspeição ensurdecedora sobre a classe política, ou melhor, sobre alguns políticos.

Focalizando-me na questão colocada pelo JB, acredito que a temática do casamento de pessoas do mesmo sexo não é meramente uma questão de direito ou de direitos. Considero que é também uma questão moral, ética e de consciência. Com estas premissas creio que um referendo precedido de uma ampla discussão sobre a evolução das sociedades seria a melhor forma de envolver os portugueses, ao invés de um debate somente parlamentar. Quanto à denominação de casamento e sua respectiva figura jurídica há que ter bastante ponderação, uma vez que casamento nos exactos termos permitirá (ou pelo menos assim o interpreto) adopção de crianças por casais do mesmo sexo. Se assim é deve desde já ser admitido pelas forças políticas proponentes. Se não é pretendida esta situação, deverá pensar-se numa figura jurídica diferente.

Hugo Cruz
Deputado Municipal PSD
in Jornal do Barreiro, Tribuna da Assembleia, 23/11/2009

24 outubro 2009

Que Liderança para o PSD?

Depois do turbilhão eleitoral de 2009, com resultados globais bons nas europeias, maus nas legislativas e quanto muito razoáveis nas autárquicas, o PSD nacional atravessa um momento crucial da sua vida.
A nível concelhio, os resultados autárquicos, embora àquem do trabalho e empenho quer dos candidadatos, quer dos militantes, quer dos simpatizantes, revelam-se como "menos maus" quando comparados com o cenário do Distrito. Mas apenas isso. Não fosse o enorme esforço empregue, e possivelmente teria sido perdido bem mais do que um mandato na freguesia de Santo António da Charneca. A Assembleia Distrital de dia 6 de Novembro e uma posterior Assembleia de Secção a marcar oportunamente, permitirão reflexão interna, sempre necessária e nas sedes próprias.
As leituras nacionais fustigaram as autárquicas, com especial ênfase no Distrito de Setúbal e em particular no Concelho do Barreiro. Já o disse antes. Mas o que me leva a escrever na sequência do Conselho Nacional do PSD de 22/10/2009, após ser conhecido que este reunirá novamente depois da votação do Orçamento de Estado para o ano de 2010, e que aí serão marcadas eleições directas para a Liderança do PSD, é uma certeza: a pessoa candidata a liderar é muito importante, mas considero determinantes a visão, a ideia, o projecto e a equipa que tem definidas para o País, para o Distrito de Setúbal e para o Concelho do Barreiro. Não podemos apoiar candidaturas que continuem a ignorar a importância estratégica do 4º Distrito com mais população de Portugal, que continuem a desrespeitar as estruturas locais e que não tenham a coragem de ter uma presença constante, coordenando uma estratégia de crescimento sustentado no Distrito, com as estruturas. Basta do mesmo! Há potencial local! Haja coragem e empenho nacional! Candidatos e candidatos a candidatos vão-se perfilando, mas o "perfil", mais ou menos "vistoso" não é o factor crítico para o sucesso do PSD e consequentemente do País. Muito menos um "perfil do costume" com "as ideias do costume". Enfim, eu não vou mais em "cantos de sereia". Senhores candidatos, falem-me do País, falem-me muito especificamente do Distrito de Setúbal e do Barreiro. Depois veremos. Depois... cobramos!
NOTA: Quero agradecer a todos os que se esforçaram pelo PSD no Barreiro e que possibilitaram uma fantástica campanha Autárquica. Muito Obrigado! Aos autarcas que terminaram os seus mandatos... o meu reconhecimento... aos que agora começam (ou continuam)... ao trabalho!

29 setembro 2009

Verdade… e (in)consequência!

A Política de Verdade da Comissão Política Nacional do PSD falhou. Diversas poderão ser as razões, mas algumas são bem claras. O povo mostrou claramente que não se podem vencer eleições apenas frisando o que não vamos fazer. Demonstrou ainda que aprecia a construção inclusiva de listas e candidatos, sem paraquedismos frenéticos e com respeito pelas estruturas locais.

Pelo PSD distrital e local, não foi demonstrado qualquer respeito. O PSD sempre foi o mais plural dos Partidos políticos e é precisamente essa premissa que o torna o maior Partido político português e o de mais forte implantação local/autárquica.

Em Setúbal, Cavaco Silva conseguiu votações históricas para o PSD e consequentemente no País. Fazer campanha com coragem e presença no Distrito (Barreiro inclusive) urge. Para vencer eleições, há que apostar forte num Distrito que é o quarto em termos de população, e que elege 17 deputados. Tenho apenas 29 anos e percebo isto… Percebo ainda que, face à opinião oficial desta Comissão Política Nacional perante os “grandes investimentos públicos”, nomeadamente no que toca à Terceira Travessia do Tejo pelo corredor Barreiro-Chelas, o nosso concelho terá sido certamente o mais difícil de todo o País onde fazer campanha.

Porém, o PSD Distrital e local nunca tiveram dúvidas em relação á necessidade da construção da TTT pelo corredor definido e quanto antes (com ligação complementar Barreiro-Seixal), como factor potenciador de toda uma região e, dado o seu relevo, de todo o País. Discordámos claramente da Comissão Política Nacional actual. Servimos o nosso Distrito e o Barreiro, sem temer as (in)consequências.

Mas eis que um novo desafio se apresenta. As Eleições Autárquicas estão aí. E há uma outra coisa que o povo demonstrou: decidir o seu voto em função da eleição que tem perante si. Ou seja, distinguir Eleições Europeias das Legislativas e estas das Autárquicas.

Os Barreirenses estão agora focados para outras temáticas. No Barreiro, o debate na TVI24 entre os Candidatos à Presidência da Câmara Municipal do Barreiro evidenciaram a nossa realidade local. Nuno Banza e o PSD – Barreiro são a aposta de quem quer Mudar com Responsabilidade, perante uma CDU esgotada por 30 anos do que não fez, um PS que apresenta um candidato desconhecedor da realidade do Concelho e que está mal preparado (vide por exemplo o que foi a sua definição de AUGI – Área Urbana de Génese Ilegal), um Bloco de Esquerda que significa mais do mesmo, numa colagem quase chocante à CDU e um CDS que se esforçou mas também demonstrou alguma atrapalhação e demagogia.

Nuno Banza e o PSD local conhecem o Concelho do Barreiro. Mais do que isso preocupam-se com este sem receio nem temor, contra quaisquer orientações e estratégias nacionais que não sejam pelo Barreiro e pelos Barreirenses. Agência Local de Investimento, Fundação Cidade do Barreiro, Barreiro Cidade Acessível. Temos projecto, temos equipa. Vamos Mudar com Responsabilidade!

Hugo Cruz
Vice-Presidente CPS/PSD-Barreiro
Candidato à Assembleia Municipal do Barreiro pelo PSD
Artigo de Opinião
28/09/2009

22 setembro 2009

Debate para todos... e a Afirmação do PSD como a Alternativa Responsável e Credível para o Barreiro!

Em primeira instância, quero felicitar a TVI 24 por possibilitar também debates autárquicos "menos mediáticos", atravessando diversos concelhos do País. Serviço Público claro, prestado por uma entidade privada.

Hoje 22/09/2009 pelas 22h horas passou nessa estação de televisão o debate entre os candidatos à Presidência da Câmara Municipal do Barreiro, nestas eleições autárquicas. O Barreiro e os barreirenses agradecem. Nota prévia para a ausência do candidato do MRPP. Um debate com todos, deve de facto incluir todos.

Quem assistiu ao debate, não pode ter deixado de constatar alguns factos. Nuno Banza, e o PSD são de facto a aposta de quem quer mudar com responsabilidade e credibilidade o Barreiro. Para criticar, é necessário conhecimento de causa e fundamentação. Estes dois aspectos ficaram fortemente vincados no decorrer do debate, onde para minha estupefacção, o Candidato do PS, Coronel Nuno Santa Clara Gomes, demonstrou desconhecimento concreto dos problemas do Barreiro, sendo incapaz de especificar críticas que foi "atirando" e veio apenas corresponder à ideia de que para se ser candidato à Câmara Municipal do Barreiro, não basta ter sido "Capitão de Abril". Pela responsabilidade que o PS local deveria ter para com os barreirenses, decerto que todos merecíamos um candidato melhor preparado, preocupado e conhecedor da nossa terra.
Por seu lado, o Candidato do Bloco de Esquerda, Mário Durval, cujo conhecimento do Barreiro não se pode questionar, claramente não o demonstrou, porventura devido a "nervosismo televisivo", mas também devido ao facto de não trazer qualquer diferença visível ou audível em relação ao candidato da CDU e actual Presidente de Câmara. Votar no Bloco no Barreiro actual é o mesmo que votar na CDU. Mais do mesmo.
O candidato do CDS, Henrique Ferreira foi uma agradável surpresa, não obstante ter revelado alguma demagogia em algumas críticas e atrapalhação na concretização de algumas ideias, nomeadamente na questão do "desconhecimento das contas".
Carlos Humberto, Presidente e recandidato CDU, viu a sua prestação algo facilitada não só por ter tido a oportunidade de falar bem mais que os restantes candidatos mas sobretudo pela fraquíssima prestação/realidade do seu suposto principal opositor do PS.
Nuno Banza é o claro vencedor do debate, na perspectiva de que demonstrou claramente o seu conhecimento do Barreiro, tendo efectuado críticas e comentários mordazes, nomeadamente no que toca à inércia da CMB relativamente a estudar a viabilidade da constituição de uma Polícia Municipal para o Barreiro (estudo aprovado por unanimidade na Assembleia Municipal do Barreiro, sob proposta do PSD em 2006 e novamente em 2009) e no que toca à inexistência de um concurso público para adjudicação das obras do Fórum Barreiro, ao que o Presidente da Câmara se defendeu quanto à legalidade da decisão tomada pelo seu executivo. Sejamos objectivos, nem tudo o que é legal é moral.

Viva o debate, a democracia agradece e neste caso concreto os barreirenses, que tiveram oportunidade de conhecer um pouco melhor os candidatos.

Barreiro, vamos Mudar Com Responsabilidade e isso só é possível com Nuno Banza e o PSD!

23 agosto 2009

Primeiro... A Madeira!

Em Julho (pois o ano eleitoral exige um Agosto e Setembro de muito trabalho) desloquei-me alguns dias a essa magnífica ilha lusa, local ,onde nunca havia estado. De facto, recomendo a todos que o façam pois é sem dúvida uma pérola do nosso País.
Férias passadas, as Festas do Barreiro são quem mais ordena. O contacto com a população é determinante para percepção dos problemas do cidadão, para explicar pontos de vista e propostas. Com isto bem presente, o candidato PSD à presidência da Câmara Municipal do Barreiro, Nuno Banza, de forma responsável, esteve presente em praticamente todos os dias da mesma, trocando impressões com os barreirenses, ouvindo-os incessantemente.
Assim é com bastante estranheza que constato que alguns que supostamente pretendem ganhar a presidência da Câmara Municipal do Barreiro não dão a cara nem estão presentes neste evento barreirense onde circulam milhares de pessoas. Fico ainda mais estupefacto quando um debate televisivo com candidatos à Câmara Municipal do Barreiro fica adiado para meados de Setembro (se é que ainda será possível realizar) porque um candidato está ausente mais de um mês, nesta altura, neste ano... na Madeira. Primeiro... O Barreiro! Mas quem pode levar esta expressão com seriedade quando o rosto da mesma parece levá-la com grande ligeireza? Muito sinceramente, creio que nem o socialista mais ferrenho poderá estar contente com o seu candidato.
Barreirenses... Mudar Com Responsabilidade! Não é apenas um slogan de campanha, é a maneira de pensar e actuar do PSD - Barreiro e do candidato Nuno Banza.

O fluxo migratório das aves "A La Minute" do Barreiro

O Barreiro é uma terra curiosa. Peculiar diria. Existe uma ave que apenas migra por estas paragens de quatro em quatro anos. Será por causa da poluição? Que espécie estranha... o pássaro A La Minute do alcatrão, capaz de destruir tudo o que é suspensão de veículo durante 3 anos e 9 meses pela sua ausência e que volta a destruir tudo o que é suspensão de veículo 3 meses (com muito boa vontade...) após a sua partida para paragens incertas, tão precária e efémera é a sua obra. Para inglês ver dirão alguns... é pena é não haver turistas no Barreiro, nem condições ou aliciantes para os receber. Este Verão, o pássaro A La Minute está a passar por cá. Mais rápido do que nunca, a espalhar alcatrão como quem entorna um copo de água, logo para deixar lombas e valetas e com um factor mais interessante ainda: está a esquecer-se da tinta branca com que deveria pincelar os contornos e passadeiras do seu caminho. Está na hora de varremos o pássaro A La Minute para fora destas paragens... até porque mesmo de quatro em quatro anos, ele praticamente só passa no centro da cidade.

03 julho 2009

A QUEDA... EM 3 ACTOS!

Acto I

Eleições Europeias: Vital Moreira junta-se a José Sócrates e ambos arrasam... o PS.

Acto II

Eleições Legislativas: José Sócrates "Obama" arrasado depois de arrasar o País.

Acto III

Eleições Autárquicas: Mapa Laranja arrasa PS.

17 junho 2009

Cidade do Barreiro... e o Concelho?

No último mandato autárquico (e em muitos outros mandatos) a Cidade do Barreiro surge como que o ex libris do executivo camarário, nomeadamente no centro.

Não posso deixar de constactar que os investimentos (úteis e inutéis) têm surgido a pensar na Cidade do Barreiro, como que criando uma enorme fachada que esconde o restante Concelho.

Esquecendo (mesmo com muita dificuldade) que a escolha da localização do novo centro comercial Fórum Barreiro foi, no mínimo, duvidosa, errada e imcompreensível (por exemplo, Montijo e Almada construíram os grandes centros comerciais bem longe dos respectivos centros urbanos), estranha-se que as contrapartidas solicitadas pela Câmara Municipal do Barreiro ao promotor tivessem recaído exclusivamente pelo centro da Cidade, nomeadamente as obras de recuperação do Mercado 1º de Maio (necessárias mas que têm prejudicado os comerciantes deslocalizados) e a própria Avenida Alfredo da Silva (que aparentemente tem que ter obras e reestruturações em "todos" os mandatos... porque será?), quando existem muitas carências nas diversas freguesias.

Será que o Concelho do Barreiro não merece captação de investimento e construção de infraestruturas? Porque o Barreiro é um Concelho e não apenas uma Cidade, composto por 8 freguesias e nem todas elas são de... proximidade.

Que Barreiro pretendemos? Queremos densificar as zonas urbanas e o cariz de dormitório ou queremos a melhoria da qualidade de vida da população de todo o Concelho e a captação de empresas geradoras de emprego? Queremos obras de "fachada" e projecção ou queremos investimentos estruturantes e equipamentos em todas as freguesias ?

Porque é que a freguesia de Santo António da Charneca, que representa 25% da área do Concelho não tem um Centro de Saúde e não tem resolvido o problema das AUGI's?

Porque é que a freguesia da Verderena não tem praticamente espaços verdes e o estacionamento é caótico?
Porque é que a freguesia do Alto do Seixalinho está "velha" e degradada?

Porque é que a freguesia de Palhais e Santo André carecem de infraestruturas para os jovens?

Porque é que a freguesia do Lavradio necessita investimentos na higiene urbana e manutenção/ampliação de espaços de lazer?

Porque é que a freguesia de Coina não tem uma rede rodoviária capaz para o volume de tráfego que suporta?

Porque é que a CDU e o PS querem a aprovação do Plano de Urbanização (PU) da Quimiparque quando o Plano Director Municipal (PDM) do Concelho do Barreiro ainda não está revisto, nem estas forças manifestam ou manifestaram nos dois últimos mandatos vontade para o rever?

Vamos condicionar o Futuro do Concelho à Quimiparque ou vamos condicionar o futuro da Quimiparque aos objectivos do Concelho?

O Barreiro é todo um Concelho e não apenas uma Cidade.

10 junho 2009

Da Marinha Grande ao Imposto Europeu

Segunda-feira, 1 de Junho de 2009

Observando a evolução da pré-campanha eleitoral para as Eleições Europeias de 2009 e o início da campanha propriamente dita, a 24/05/2009, uma coisa pode ser constatada: o Partido Socialista, o Governo e o Primeiro-Ministro, sobretudo, têm medo do seu cabeça de lista, Sr. Professor Doutor Vital Moreira, e transparece que uma certa ideia de arrependimento deve atravessar a mente do Sr. Engenheiro José Sócrates.

Definitivamente, o PS não confia no seu candidato, cujo ponto alto, até ao momento, foi referir que tinha “a sua Marinha Grande”. Mas eu percebo o que Vital Moreira queria significar com esta afirmação. Queria significar, sem o saber, que a Marinha Grande, Concelho do Distrito de Leiria, teve um aumento de 44,2% do número de desempregados em apenas um ano (entre 31/12/2007 e 31/12/2008), o maior aumento do Distrito de Leiria.

Que melhor local para se vangloriar da “sua Marinha Grande”, que uma manifestação de trabalhadores? Afinal de contas, foi o candidato socialista que trouxe as questões Nacionais para as Eleições Europeias: Relembrou-nos, se é que tal era necessário, que este Governo Socialista tem sido sinónimo de Desemprego e de ineficácia no combate ao mesmo.

Não obstante as cenas absolutamente lamentáveis que ocorreram na manifestação da CGTP, muito lamentável foi também o aproveitamento político que o Sr. Professor Vital Moreira e o Partido Socialista tentaram retirar da situação.

Mas a (Pré)Campanha Socialista teve um início fulgurante, com o Partido a referir oficialmente que apoia uma recandidatura de Durão Barroso à Presidência da Comissão Europeia e o cabeça de Lista às Eleições Europeias a referir que não apoiaria uma Candidatura de Durão Barroso. Enfim, depois foi “obrigado” a emendar-se e a explicar e explicar…

Entretanto, um Imposto Europeu parece ser a solução do Professor Vital Moreira para o financiamento da União Europeia. Mas quando questionado para explicar, indicou que apenas desenvolveria o tema, após ser eleito. Interessante, um candidato que esconde e não explica as suas (faltas de ou más) propostas. Mas mais uma vez… foi obrigado a emendar-se e a explicar e explicar…

Por isto tudo, o Eng.º Sócrates e outras ilustres figuras socialistas não deixam agora o candidato fazer campanha “sozinho”. O medo instalou-se. O PS percebe tardiamente que vai perder as Eleições Europeias.

O Dr. Paulo Rangel não precisa de “moletas”. É um candidato com ideias e não receia explicá-las, pois sabe do que fala.

Com tudo isto, pergunto: Você, já tem o País que quer ou no rumo que quer? Vai votar no PS e em Vital Moreira?

Pois, eu também não, por isso, todos às urnas já a 7 de Junho, para as Eleições Europeias e em Outubro para as Autárquicas e para as Legislativas.

Hugo Cruz
Vice-Presidente CPS/PSD Barreiro
Artigo de Opinião

A MORTE DE UM CENTENÁRIO...

Segunda-feira, 16 de Fevereiro de 2009

Dizer e repetir que uma fábrica tem que cumprir as normas ambientais em vigor, parece senso comum, bem como também parece senso comum referir que qualquer negócio tem que ser rentável e sustentável, sendo que se mostrar determinante para a economia de um determinado local ou mesmo do País, deverá também ser apoiado e incentivado “com unhas e dentes” pelo poder político e pela comunidade em que está inserido, sobretudo em alturas de crise.

Facto consumado, não podemos deixar de questionar o que fazer com esta gente que dedicou uma vida de trabalho à indústria do Barreiro e que cai agora no desemprego. 152 pessoas para já. 152 famílias que terão um presente e um futuro com muitas incertezas. De quem é a culpa? Da empresa? Do mercado? Da “crise”? Dos trabalhadores? Dos sindicatos? Dos patronatos? Do Governo? Da Câmara Municipal do Barreiro? Dos moradores limítrofes que tanto questionaram as questões de segurança e ambientais da fábrica? Da concorrência?

Não sei… a certeza que me surge é que estamos a assistir à morte de um centenário… “é velhinho, com cem anos o que se esperava?”…

Mas o que desaparece não é simplesmente uma fábrica… empregos… o que desaparece é o símbolo do Barreiro por excelência. Sim… O Símbolo do Barreiro enquanto terra industrial e de gente de trabalho árduo e de espírito empreendedor e fraterno. De gente com ambição. Esse símbolo que transformou o Barreiro numa cidade, muito mais que qualquer moinho ou barco varino que alguns tanto prezam.

Não adianta esconder uma estátua. A indústria, nomeadamente a CUF terão sido porventura o símbolo mais importante da história da nossa cidade.O Barreiro não pode sucumbir à transformação em dormitório. Mais do que nunca urge lutar pela concretização de projectos que podem potenciar o desenvolvimento empresarial da Cidade, nomeadamente a Terceira Travessia do Tejo (TTT).

Barreirenses… Vamos todos apoiar e incentivar as empresas do nosso Concelho. Vamos atrair investimentos. Vamos gerar emprego. Vamos trabalhar.Porque o Barreiro é a nossa terra… porque os Barreirenses merecem um futuro melhor!

Hugo Cruz
Vice-Presidente CPS/PSD-Barreiro
Artigo de Opinião